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Última revitalização ocorreu em 2019 e obra de desassoreamento da bacia de retenção segue paralisada.

O Parque Ecológico do Sóter foi, por muitos anos, um refúgio para a fauna e flora locais. Entretanto, nos últimos dois anos, o parque tem sido palco de um processo preocupante de degradação ambiental.

O médico veterinário Rafael Jan Hoogesteijn Reul, morador da região desde 2008, foi um dos primeiros a observar as mudanças significativas no local e, após diversas denúncias, resolveu compartilhar sua visão sobre a situação crítica da área com o Campo Grande News.

A principal área de impacto tem sido o Córrego Sóter, na seção que atravessa o parque, onde, segundo relatos de Rafael e outros frequentadores, havia uma rica mata ciliar com árvores grandes e pequenas, que protegiam as margens do córrego e abrigavam diversas espécies de animais.

Médico veterinário Rafael Jan Hoogesteijn Reul, aponta para barranco formado com a erosão; parte do paredão formou banco de areia no córrego (Foto: Juliano Almeida)
Entre 2004 e 2022, a região era uma das mais visitadas, com a presença constante de fauna local, como cutias, capivaras, lobinhos, mutuns e corujas. A vegetação, formada por árvores nativas, foi essencial para o equilíbrio ecológico do ambiente.

Entre 2004 e 2022, a região era uma das mais visitadas, com a presença constante de fauna local, como cutias, capivaras, lobinhos, mutuns e corujas. A vegetação, formada por árvores nativas, foi essencial para o equilíbrio ecológico do ambiente.

No entanto, em novembro de 2022, uma ação surpresa chamou a atenção dos visitantes do parque: uma pá carregadeira e uma retroescavadeira foram usadas para realizar o desmatamento total do leito do córrego.

A operação, que ocorreu ao longo de cerca de 500 metros do leito do Córrego Sóter, resultou na remoção completa de árvores e vegetação, deixando o local nu e sem a vegetação, que antes desempenhava um papel fundamental na proteção das margens e na preservação da biodiversidade.

Há dois anos, máquinas derrubaram mata ciliar e córrego passa por degradação diária (Foto: Juliano Almeida)
As máquinas, contratadas pela prefeitura, realizaram o desmatamento sem apresentar um plano claro para a recuperação da área. Após o trabalho inicial, as máquinas foram retiradas e a obra foi abandonada, deixando o parque em um estado de degradação. O espaço, que antes era uma verdadeira área de lazer e observação ambiental, foi transformado em um terreno erodido e instável. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

 


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